quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lyra do trovador: Raízes da Poesia Brasileira * Antonio Cabral Filho - RJ

Lyra Do Trovador
Livraria de J. G. de Azevedo - Editor
Rio de Janeiro - RJ 1896
https://pt.calameo.com/read/00189307303d7aeff6c87 
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Bom meus amigos, antes de mais nada, preciso agradecer ao amigo Sandor Buys - https://sandorbuys.wordpress.com/ - por ter organizado uma das mais belas obras de arte da web, envolvendo música, literatura, poesia, artes plásticas, tudo apenas por prazer pessoal. Foi lá que eu encontrei a capa acima, do livro Lyra do Trovador. E ao me deparar com ela, fui procurar o livro e encontrei na Biblioteca do Senado, prontinho para download. Nem pisquei e trouxe-o para nós!
É  uma obra simplesmente fantástica do cancioneiro popular brasileiro, pois reúne modinhas, cantigas de roda, poesia, lundus, entre outros exemplos, aliados a poesias de autores célebres na virada do século 19. Preparem-se para encontrar peças maravilhosas de poetas brasileiros que, cá pra nós, nunca imaginaríamos terem sido populares algum dia.
 Confiram...
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Sobre o Cancioneiro / Mundo de Livros * Antonio Cabral Filho - Rj

Sobre o Cancioneiro / Mundo de Livros
Goreti Teixeira 
http://mundodelivros.com/cancioneiros/#.WLSmym_yvIU 
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Introdução...
"Os primeiros textos redigidos em língua portuguesa (ou o dialeto que viria mais tarde ser reconhecido como tal) datam de fins do século IX até aos inícios do século XII. Esta é, então, a fase proto-histórica do nosso idioma, isto é, aquela que só se pode reconstruir por métodos histórico-comparativo ou à base de documentos em latim bárbaro. O texto mais antigo redigido em português remonta à fundação da antiga Igreja de Lordosa, no ano de 882.
É desde o final do século XII que a língua portuguesa se começa a sujeitar a uma disciplina gramatical e escolar. Este período prolongar-se-á até ao séc. XVI e denomina-se por período arcaico. A partir de meados do século XV, o português comum e literário resulta de uma rápida fusão e evolução linguística realizada sobretudo em Lisboa, com grande influência dos dialectos meridionais, que deu à fonética portuguesa certas características talvez moçárabes.
Neste post que inicia um especial do Mundo de Livros sobre a história da língua portuguesa e a sua relação com a literatura, prestamos a nossa atenção aos cancioneiros. Para quem não está familiar com o termo, tratam-se de colectâneas de cantigas de amor, de amigos e de escárnio e mal dizer
"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Quadras Ao Gosto Popular / Fernando Pessoa * Antonio Cabral Filho - RJ

Quadras Ao Gosto Popular/Fernando Pessoa
A quadra  enquanto forma poética foi consagrada pelo gosto popular, e Fernando Pessoa cometeu o grande mérito de resgatá-la do ostracismo e trazer a lume para estudo e conhecimento, tanto dos aficionados quanto dos estudiosos. E, sem dúvida, ela representa um grande passo rumo à trova com forma poética elaborada e definida tal como conhecemos hodiernamente.
Quero deixar-lhes como exemplo da definição estética do gênero Trova, este livro de Fernando Pessoa,
Quadras Ao Gosto Popular
https://pt.calameo.com/read/0018930738a9279cb4fca 
para que todos possam distinguir uma da outra, pois tem diferenças importantes. Boa leitura!
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Camões / Bandarra: Apogeu * Antonio Cabral Filho - RJ

Camões / Bandarra: apogeu
A Poesia Lírica de Camões
file:///C:/Users/c/Downloads/liricacamoniana.pdf 
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As Trovas de Bandarra
Sapateiro e profeta
http://pt.calameo.com/read/0018930732c28f7806a7e 
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Transiçoes do Trovadorismo ao Renascimento * Antonio Cabral Filho - RJ

Transições do Trovadorismo ao Renascimento
Muitos de nós já sabemos que o trovadorismo incluía um conjunto de contradições, tais como a tensão entre menestréis, jogralistas e troubadours. Devido ao ruralismo em que se vivia nesse período - anos 1000 a 1300 aproximadamente - eram muito escassas as vilas enquanto indício de espaço urbano, e por isso, as formas de lazer eram mais escassas ainda. Nessa situação, as relações com a música, a dança, a literatura, se davam quase sempre e somente nos anfiteatros dos castelos, o que obrigava as pessoas envolvidas com artes a se adaptarem a um tipo de relação com as classes dominantes nada agradável, uma vez que os espaços de realização cultural pertenciam a elas.
Portanto, qualquer tensão entre si não resultava satisfatório para nenhum dos setores: músicos, dançarinos e escritores. Mas uma das fontes de tensão era a definição de quem era o quê: Troubadours eram os escritores, que se apresentavam com seus textos manuscritos em rolos de papel, chamados de pergaminhos; os músicos que recitavam e compunham alguns romances para se apresentarem ao som de suas rabecas e harpas, também se consideravam troubadours; e os dançarinos, homens e mulheres que dominavam alguma oratória, dançavam para encenar seus autos que compunham, também se definiam como troubadours. 

(Vejam a ilustração a seguir: há uma intensão em sobrepor o trovador às demais camadas artísticas muito clara...
... , isso porque nessa época os homens letrados, em sua maioria, pertenciam à nobreza e ao clero. )

Moral da história: 
o que  antes se chamou de trovadorismo foi superado por suas próprias divisões internas e a chamada cultura de salão se dividiu, dando nascimento a novos movimentos. 
Devido à extensão dessa fase, não vou escrever sobre ela e quero convidar o distinto leitor a consultar os textos que seguem: Texto nº 1  - http://pt.calameo.com/read/0018930730901b3cecad3 - 
 Texto nº 2 - http://pt.calameo.com/read/001893073d2cac6db85ae ; e a partir daqui, passaremos para o período pós 1500 - o renascimento - com Camões e Bandarra.
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domingo, 29 de janeiro de 2017

Sobre "Cantares Dos Trovadores ... " * Antonio Cabral Filho - RJ

Sobre "Cantares Dos Trovadores..."
Não posso lhes falar do conteúdo sem apresentar o seu portador, o livro. Cantares dos Trovadores... não é apenas um livro, como todos os demais. É um livro fundamental para nós trovadores, para os cordelistas, para todos os poetas, independente da modalidade de poesia que pratiquem e, sobretudo, para os estudiosos da história da literatura, seja lusa ou hispânica. 

Para os poetas da literatura de cordel ele trás uma contribuição extraordinária, uma vez que os romances cantados ao som de rabecas e harpas nos tempos medievais são a base da nossa literatura de cordel: basta conferir as temáticas, o modo de desenvolver o enredo, o enlevo que envolve os heróis e o tom dos desafios entre os personagens. Quanto à métrica e estrofação, há diferenças, mas a linha estrutural é idêntica. Se alguém tiver dúvida, adquira o livro, mas antes dê uma olhada em Marília de Dirceu, do nosso Tomás Antonio Gonzaga, aonde a estrofação e a métrica realizam variações de trechos em trechos.

A autora, Natália Correia, teve o cuidado de reunir nesta obra 35 autores dos mais destacados no romanceiro ibérico, por diversos fatores: são nomes que possuem enraizamento histórico tanto por suas ações políticas na época como por suas realizações no campo da poética popular, com a consistência suficiente para marcar a memória das gerações subsequentes. Sua pesquisa sobre cada um dos nomes vai conferir inclusive geograficamente aonde cada um viveu e atuou. Por exemplo, o sobrenome Taveirós: refere-se a uma região da Galizia. Assim, Natália Correia construiu uma obra que ultrapassa os limites do puramente literário, oferecendo elementos para um mapeamento geo-literário da poética galaico-portuguesa.

Concluindo, gostaria de registrar que os "Cantares..." é um livro documento, reúne a produção de poetas que desapareceriam da história se não houvesse colecionadores de folhetos dos romances de heroísmo daquela época, ou seja os romances de cavalaria, as cantigas d'amigo, os cantos d'amor, os cantos de gesta, as cantigas de escárnio etc. Por isso, devemos lhes render as nossas homenagens!
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sábado, 28 de janeiro de 2017

Cantares Dos Trovadores Galego - Portugueses * Antonio Cabral Filho - RJ

Cantares Dos Trovadores
Galego - Portugueses
Natália Correia
Editorial Estampa
Lisboa - PT 1978
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Antes, vamos apresentar Natália Correia, autora da obra acima:
Natália retratada pelo Pintor Botello

Natália de Oliveira Correia nasceu em 13 de setembro de 1923 em Lisboa, intelectual, ensaísta, poeta, ativista social açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predomínio da poesia. Deputada entre 1980-1991, atuando na cultura, no patrimônio, nos direitos humanos e na defesa da mulher. Compôs o Hino dos Açores, e, junto com José Saramago, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues, foi co-fundadora da Frente Nacional em Defesa da Cultura - FNDC em 1992.
Sua obra compreende romances, poesia, teatro e ensaios, militou na imprensa com intensidade, tanto portuguesa quanto estrangeira. Durante as décadas de 50 e 60 chegou a ser considerada uma das figuras centrais da cultura portuguesa, com presença marcante nas tertúlias literárias lisboetas. Faleceu em 16 de março de 1993 aos setenta anos de vida.

Cantares em vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=VGtxGcg8kGU 
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