segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Sobre o Cancioneiro / Mundo de Livros * Antonio Cabral Filho - Rj

Sobre o Cancioneiro / Mundo de Livros
Goreti Teixeira 
http://mundodelivros.com/cancioneiros/#.WLSmym_yvIU 
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Introdução...
"Os primeiros textos redigidos em língua portuguesa (ou o dialeto que viria mais tarde ser reconhecido como tal) datam de fins do século IX até aos inícios do século XII. Esta é, então, a fase proto-histórica do nosso idioma, isto é, aquela que só se pode reconstruir por métodos histórico-comparativo ou à base de documentos em latim bárbaro. O texto mais antigo redigido em português remonta à fundação da antiga Igreja de Lordosa, no ano de 882.
É desde o final do século XII que a língua portuguesa se começa a sujeitar a uma disciplina gramatical e escolar. Este período prolongar-se-á até ao séc. XVI e denomina-se por período arcaico. A partir de meados do século XV, o português comum e literário resulta de uma rápida fusão e evolução linguística realizada sobretudo em Lisboa, com grande influência dos dialectos meridionais, que deu à fonética portuguesa certas características talvez moçárabes.
Neste post que inicia um especial do Mundo de Livros sobre a história da língua portuguesa e a sua relação com a literatura, prestamos a nossa atenção aos cancioneiros. Para quem não está familiar com o termo, tratam-se de colectâneas de cantigas de amor, de amigos e de escárnio e mal dizer
"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Quadras Ao Gosto Popular / Fernando Pessoa * Antonio Cabral Filho - RJ

Quadras Ao Gosto Popular/Fernando Pessoa
A quadra  enquanto forma poética foi consagrada pelo gosto popular, e Fernando Pessoa cometeu o grande mérito de resgatá-la do ostracismo e trazer a lume para estudo e conhecimento, tanto dos aficionados quanto dos estudiosos. E, sem dúvida, ela representa um grande passo rumo à trova com forma poética elaborada e definida tal como conhecemos hodiernamente.
Quero deixar-lhes como exemplo da definição estética do gênero Trova, este livro de Fernando Pessoa,
Quadras Ao Gosto Popular
https://pt.calameo.com/read/0018930738a9279cb4fca 
para que todos possam distinguir uma da outra, pois tem diferenças importantes. Boa leitura!
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Camões / Bandarra: Apogeu * Antonio Cabral Filho - RJ

Camões / Bandarra: apogeu
A Poesia Lírica de Camões
file:///C:/Users/c/Downloads/liricacamoniana.pdf 
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As Trovas de Bandarra
Sapateiro e profeta
http://pt.calameo.com/read/0018930732c28f7806a7e 
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Transiçoes do Trovadorismo ao Renascimento * Antonio Cabral Filho - RJ

Transições do Trovadorismo ao Renascimento
Muitos de nós já sabemos que o trovadorismo incluía um conjunto de contradições, tais como a tensão entre menestréis, jogralistas e troubadours. Devido ao ruralismo em que se vivia nesse período - anos 1000 a 1300 aproximadamente - eram muito escassas as vilas enquanto indício de espaço urbano, e por isso, as formas de lazer eram mais escassas ainda. Nessa situação, as relações com a música, a dança, a literatura, se davam quase sempre e somente nos anfiteatros dos castelos, o que obrigava as pessoas envolvidas com artes a se adaptarem a um tipo de relação com as classes dominantes nada agradável, uma vez que os espaços de realização cultural pertenciam a elas.
Portanto, qualquer tensão entre si não resultava satisfatório para nenhum dos setores: músicos, dançarinos e escritores. Mas uma das fontes de tensão era a definição de quem era o quê: Troubadours eram os escritores, que se apresentavam com seus textos manuscritos em rolos de papel, chamados de pergaminhos; os músicos que recitavam e compunham alguns romances para se apresentarem ao som de suas rabecas e harpas, também se consideravam troubadours; e os dançarinos, homens e mulheres que dominavam alguma oratória, dançavam para encenar seus autos que compunham, também se definiam como troubadours. 

(Vejam a ilustração a seguir: há uma intensão em sobrepor o trovador às demais camadas artísticas muito clara...
... , isso porque nessa época os homens letrados, em sua maioria, pertenciam à nobreza e ao clero. )

Moral da história: 
o que  antes se chamou de trovadorismo foi superado por suas próprias divisões internas e a chamada cultura de salão se dividiu, dando nascimento a novos movimentos. 
Devido à extensão dessa fase, não vou escrever sobre ela e quero convidar o distinto leitor a consultar os textos que seguem: Texto nº 1  - http://pt.calameo.com/read/0018930730901b3cecad3 - 
 Texto nº 2 - http://pt.calameo.com/read/001893073d2cac6db85ae ; e a partir daqui, passaremos para o período pós 1500 - o renascimento - com Camões e Bandarra.
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